Elevador do Assalto ao Louvre: Böcker Transforma Roubo em Campanha de Marketing Viral Audaciosa

Elevador Usado em Assalto ao Louvre Rende Campanha Audaciosa para Marca Alemã

Uma jogada de marketing ousada e estratégica transformou um incidente negativo em um case de sucesso viral. A Böcker, renomada fabricante alemã de elevadores de carga, soube capitalizar a repercussão global de um roubo espetacular ao Museu do Louvre, em Paris. O motivo? Um dos seus equipamentos foi peça-chave na ação da quadrilha que subtraiu joias avaliadas em impressionantes € 88 milhões, ocorrido no último domingo, dia 19.

Ao se deparar com a imagem de seu elevador de carga Agilo nas notícias e mídias, a empresa agiu com notável rapidez. Em vez de se distanciar do episódio, a Böcker decidiu abraçar a “publicidade gratuita” inesperada e a visibilidade que o evento trouxe. Em uma campanha relâmpago, lançada em seus perfis oficiais no Facebook e Instagram, a marca exibiu a foto do equipamento utilizado pelos criminosos para acessar as janelas, retirar as joias e fugir do museu em menos de dez minutos.

A postagem, com seu tom irônico e direto, estampava o slogan “Quando você precisa agir rápido” e complementava com uma mensagem técnica de impacto: “O Böcker Agilo transporta seus tesouros de até 400 kg a 42 m/min — silencioso como um sussurro.” Uma prova de como uma boa estratégia de marketing pode transformar a percepção pública.

Em entrevista à Reuters, Julia Scharwatz, diretora de marketing da Böcker, compartilhou sua reação inicial: ver a foto com o marido, Alexander Böcker, CEO da empresa, e reconhecer o equipamento foi um choque. “Ficou claro para nós: meu Deus, isso é um ato deplorável e usaram o nosso equipamento para isso”, afirmou. No entanto, a avalanche de contatos de funcionários, parceiros e clientes foi imediata, gerando o ímpeto para “fazer algo com isso”.

Alexander Böcker, por sua vez, explicou à AFP que a decisão de lançar a campanha foi tomada apenas após a confirmação de que ninguém havia se ferido no assalto. “O crime é, claro, absolutamente condenável, isso está completamente claro para nós”, ressaltou. Mas ele defendeu o tom bem-humorado, vendo a situação como uma chance única de usar o museu mais famoso do mundo para chamar a atenção para a empresa.

A Böcker confirmou ao The Guardian que o elevador foi vendido em 2020 a uma empresa na região de Paris, que o alugava para terceiros. O equipamento foi roubado pelos próprios criminosos durante uma demonstração, adicionando uma camada extra de inusitado à história.

A Repercussão Viral da Campanha

A resposta à campanha foi instantânea e massiva. Usuários nas redes sociais a classificaram como uma “genialidade de marketing”, elogiando o sarcasmo e a agilidade da comunicação. Um comentário emblemático dizia: “Seu slogan leva a coroa”. O alcance das postagens disparou, superando em muito a média da companhia, que girava em torno de 15 a 20 mil pessoas.

A própria Julia Scharwatz expressou seu espanto ao The Guardian: “Eu imaginava que poderia viralizar, mas que viralizaria desse jeito foi extraordinário. Nossas postagens no Instagram normalmente atingem 15 a 20 mil pessoas, e agora estamos em 1,7 milhão. É uma loucura.” Ela acrescentou que, apesar de 99% das reações serem positivas, houve algumas críticas pontuais. Um usuário, citado pelo jornal, considerou a campanha de “mau gosto”, argumentando que “os franceses estão chocados e tristes, enquanto uma empresa alemã usa o episódio na publicidade”. Este é um lembrete importante sobre a sensibilidade em campanhas de oportunidade.

View this post on Instagram

A post shared by Böcker Maschinenwerke GmbH (@boeckermaschinenwerke)

O Roubo ao Louvre: O Contexto

Os criminosos executaram o assalto ao Louvre no domingo, dia 19, pouco após a abertura do museu. Em apenas oito minutos, fugiram com algumas das joias mais preciosas da França, que pertenceram à realeza e a governantes imperiais. Entre os oito itens levados, destacam-se diademas, colares, brincos e broches adornados com milhares de diamantes e outras pedras preciosas.

O museu reabriu suas portas na quarta-feira, dias após o que foi descrito como o roubo mais chocante do país. A diretora da instituição admitiu falhas na segurança, revelando que parte do sistema interno era “antigo” e não foi capaz de identificar a quadrilha a tempo. O ministro do Interior, Laurent Nuñez, garantiu à rádio Europe1 ter “total confiança” na captura dos responsáveis, e os promotores acreditam que os suspeitos agiram sob o comando de uma organização criminosa. Para mais notícias sobre estratégias de marketing inovadoras, visite nossa seção de notícias.