É hora de o marketing fazer as pazes com o invisível
A promessa era simples: mais dados, mais acerto. Mas o marketing, diferente da química e da física, não acontece em um laboratório controlado. Ele é feito de gente, de humor, de contexto e, sejamos honestos, de uma pitada de sorte.
Mesmo com toda a engenharia de dados, algoritmos, Inteligência Artificial e a capacidade de rastrear cada passo, ainda existem muitas zonas cinzentas. Principalmente no mundo offline, onde o impacto de uma ação pode levar semanas para se manifestar, misturar-se a outros gatilhos e, de repente, ressurgir quando ninguém mais esperava.
A palavra que talvez melhor defina os tempos atuais seja “paradoxo”: nunca tivemos tantos dados, ferramentas e métricas à disposição, e ainda assim, nunca foi tão complicado entender por que algumas campanhas brilham enquanto outras simplesmente desaparecem.
Se as marcas conhecem tão a fundo o comportamento dos seus consumidores — sabendo quando compram, o que consomem e até o tipo de humor que preferem —, por que o imprevisível continua vencendo? Por que campanhas planejadas com toda a ciência a seu favor morrem no anonimato, enquanto outras, quase acidentais, viram assunto, meme e pauta de conversa?
Medir é Essencial, Mas Não é o Suficiente
Campanhas que realmente deixam sua marca compartilham um segredo: elas se integram à vida das pessoas, transcendendo o simples funil de vendas. Elas despertam emoções antes de ativar gatilhos e geram conversas antes mesmo de gerarem métricas. As marcas que realmente captam essa essência encaram os dados como uma bússola para guiá-las, não como um mapa exato e inflexível. Elas entendem que o Retorno sobre Investimento (ROI) mais potente é o da relevância – aquele que faz seu público reagir com um “UAU, essa marca é diferente!” antes mesmo de pensar em clicar em qualquer coisa.
A percepção (awareness) é o alicerce de qualquer relacionamento de confiança. E a confiança, por sua vez, é a base para toda e qualquer conversão. Para construir essa visibilidade, investir em estratégias de SEO pode ser um passo crucial.
Do Rastreável ao Memorável
Por muito tempo, fomos levados a crer que bastava medir tudo para, consequentemente, entender tudo. Contudo, há um abismo gigante entre simplesmente coletar “informação” e realmente extrair “sentido” dela.
Dados nos revelam o “o quê” aconteceu, mas raramente desvendam os “porquês”. E talvez essa seja a verdade inconveniente que o setor de marketing teima em ignorar: por mais avançado que seja qualquer modelo de análise, há sempre algo que simplesmente não pode ser rastreado. Estamos falando daquele instante mágico em que uma pessoa é genuinamente tocada por um texto, um slogan, um vídeo ou até mesmo uma voz desconhecida.
A grande angústia do marketing atual reside exatamente nesse ponto: conseguimos medir quase tudo, mas entendemos muito pouco. Testes de incremento, modelagem de mix de mídia, pixels, QR codes, pesquisas pós-compra… tudo isso é útil, sim, mas nenhum deles oferece uma resposta definitiva. A razão é clara: há uma dimensão que transcende a matemática e os algoritmos – é o que acontece quando uma marca passa a fazer parte das conversas das pessoas, não apenas dos seus cliques.
Como, afinal, mensurar o real impacto de uma frase casualmente dita em um bar? Ou de uma recomendação sincera compartilhada em um grupo familiar? E que tal a influência de um podcast ouvido durante o treino na academia?
Essa é a verdadeira fronteira que o marketing ainda não conseguiu transpor: a ponte que liga o meramente rastreável ao verdadeiramente memorável.
Temos ferramentas para quase todas as tarefas imagináveis, mas o que falta, muitas vezes, é a sensibilidade para o invisível: aquele sentimento primordial de confiança que antecede qualquer decisão de compra. As campanhas que se tornam inesquecíveis não são as que batem todas as metas de KPI à risca. Elas nascem porque conseguiram tocar o coração das pessoas, porque ousaram arriscar e, acima de tudo, porque soaram autênticas. Se você busca uma abordagem que vá além dos números, fale conosco.
A velha lógica da performance, do “post viral rápido” e do “hack de engajamento” já está exausta. O que realmente faz a diferença hoje é a conexão genuína. Marcas que ainda perseguem a viralização continuam otimizando para o compartilhamento massivo. As que realmente se destacam fazem algo diferente: elas contam histórias com autenticidade, oferecendo algo que, por si só, merece ser compartilhado.
É menos sobre “quebrar a internet” e muito mais sobre “quebrar o gelo com as pessoas que realmente importam” para a sua marca.
Talvez seja, de fato, a hora de o marketing selar a paz com o intangível: com o offline, com o espontâneo e com tudo aquilo que acontece nas entrelinhas, muito além dos relatórios e dashboards.
A incessante busca por rastrear cada mínima interação tem levado muitas marcas a esquecerem uma verdade fundamental: consumidores são seres humanos, com emoções e aspirações, não meros pontos de dados. Pessoas compartilham histórias, experiências e sentimentos, não planilhas e métricas. Se você precisa de um site que conte sua história, confira nossos serviços de criação de site.
Os algoritmos já são capazes de prever cliques e, em certa medida, até sentimentos. Mas eles jamais poderão prever aquele arrepio visceral que transforma uma simples lembrança em lealdade inabalável, uma audiência dispersa em uma comunidade engajada, ou um anúncio comum em algo simplesmente inesquecível.
O futuro do marketing não reside na onisciência dos dados, na ilusão de que tudo pode ser medido e controlado. Pelo contrário, ele se encontra na humildade de reconhecer e abraçar o intangível.
Quem sabe a solução para essa complexa equação esteja em uma simples mudança de perspectiva, trocando a pergunta: de “quanto essa ação converteu?” para “quanto essa ação realmente significou?”